O sol batia em seu rosto, entrava pela janela do ônibus. Era um dia quente, típico de verão. Ele queria ir à praia, mas não podia; tinha de cumprir suas obrigações. Era dia de ir para a faculdade.
Pela janela, notou uma aglomeração de pessoas na rua; um ônibus derrapara e batera violentamente em um muro. Ele fitava o acidente com olhos indiferentes, preferia prestar atenção à musica que inundava os seus ouvidos. Aumentou o volume, o tempo passou mais depressa. Ele nada tinha a ver com o que acontecera.
Na faculdade, não podia ouvir música, mas ainda assim não se interessava muito pelas palavras do professor; preferia olhar pela janela. Trocar algumas mensagens por celular também não era ruim: podia marcar algo para fazer no final de semana.
Voltou para casa de metrô, seu mp3 deixava todo o mundo mais silencioso. Quando chegou na praça Saens Pena, já era quase meia-noite. Estranhamente, as ruas não estavam vazias, havia uma aglomeração mais ou menos no centro da praça. Mais um acidente... não, dessa vez parecia assassinato. Viu três crianças estateladas no chão... baleadas... aumentou o volume; sentia um pouco de fome, estava mais preocupado com o que teria para a janta.
Pela janela, notou uma aglomeração de pessoas na rua; um ônibus derrapara e batera violentamente em um muro. Ele fitava o acidente com olhos indiferentes, preferia prestar atenção à musica que inundava os seus ouvidos. Aumentou o volume, o tempo passou mais depressa. Ele nada tinha a ver com o que acontecera.
Na faculdade, não podia ouvir música, mas ainda assim não se interessava muito pelas palavras do professor; preferia olhar pela janela. Trocar algumas mensagens por celular também não era ruim: podia marcar algo para fazer no final de semana.
Voltou para casa de metrô, seu mp3 deixava todo o mundo mais silencioso. Quando chegou na praça Saens Pena, já era quase meia-noite. Estranhamente, as ruas não estavam vazias, havia uma aglomeração mais ou menos no centro da praça. Mais um acidente... não, dessa vez parecia assassinato. Viu três crianças estateladas no chão... baleadas... aumentou o volume; sentia um pouco de fome, estava mais preocupado com o que teria para a janta.
4 Comentários:
Oi, Leonardo,
Retrato fiel de nossa sociedade. Parabéns. Seu estilo, direto e descritivo, e da personagem, indiferente e passivo, enriquecem o texto. Eu teria escrito diferente; afinal, cada um de nós tem um estilo, não?
Cara, gostei muito dessa série de contos. Parabéns.
Belos contos! Para refletir sobre realidades e percepções tão distintas que, no entanto, coexistem no mesmo espaço.
Valeu pelo comentário, fico feliz que tenha gostado, e que o pessoal que comentou antes tenha gostado também. Abandonei um pouco essa série, mas tenho já pelo menos mais dois contos na cabeça para continuá-la. Então devo postar mais em breve.
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