SORTE
ERA UM JOGADOR inveterado. Jogo do bicho, loto, sena, loteria- certamente seria "cliente" dos futuros bingos. Tinha até assinatura de bilhetes em uma tabacaria e agência lotérica da Rua Marechal Floriano. Acabou fazendo amizade com a balconista da tabacaria, Mara.
Algum tempo depois do atropelamento, precisou de alguém para cuidar dele o dia todo. Lembrou de Mara. Elena Quintana foi sondá-la, pois afinal seria um trabalho completamente diferente. Mas Mara topou na hora, e permaneceu ao lado do poeta durante mais de dez anos.
Ele costumava apresentá-la aos outros com a seguinte informação:
- Essa foi a única coisa que eu ganhei na loteria...
NO ESCURO
NOS ÚLTIMOS tempos gostava de ficar deitado no escuro, quieto, e queria que sempre alguém ficasse com ele. Um dia Elena protestou:
- Mas tio, o que que eu vou ficar fazendo aqui, nesta escuridão?
- Senta ai e simplesmente me adora...
4 Comentários:
Cara! Muito bom, não sabia que o Mario Quintana tinha esse lado engraçado, não.
É legal mesmo. Ficarei atento por mais, acho muito maneiras essas histórias.
Adoro Quintana, seu humor é único, inteligente, sarcástico... (risos). Roubei, beijus
Adorei, Leo. Essas histórias do Quinatana estão realmente imperdíveis.
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