Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Comentário: Gosto muito deste poema da Cecília Meireles. Além de ter um ritmo excelente e rimas também muito bem colocadas, algo que eu particularmente aprecio muito nas poesias - a musicalidade e a forma são realmente características que me chamam a atenção -, acho a primeira estrofe deste poema incrível. Como poeta, não poderia deixar de gostar dela, não é mesmo?
Enfim, espero que gostem. E quem gosta de Cecília também pode conferir uma postagem sobre as características de suas obras.

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12 Comentários:
Lindo o poema de Cecília.
Esse poema é muito bonito e tem tudo a ver com a vida e sua complexidade.
quando você escreveu ele
O poema é da Cecília Meireles, não meu hehe
O poema é da Cecília Meireles, não meu hehe
Esse poema é maravilhoso.
Sim, eh sim =)
Maravilhoso, no poema está inserido a sensibilidade da poetisa.Ela mostra a transitoriedade da vida, momentos tensos da percepção de que tudo é breve e efêmero.
Muito bom esse poema, gostei muito
qual e o canto que se refere o poema
amei esse poema
gosto muito do último parágrafo desse poema, além do primeiro. Acho que a consciência da morte é a chave pra vida
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