Heroismo
Ele usava um colete à prova de balas. Não importava que dia da semana, que dia do mês ou que dia do ano: ele sempre usava o seu colete à prova de balas. Era precavido, ele dizia. A cidade anda muito violenta; nunca se sabe o que pode acontecer. Isso é uma verdade!
Um belo dia, quando estava no banco, ocorreu um assalto. Três bandidos, armados de pistolas e metralhadoras, ameaçavam matar os reféns se o dinheiro não lhes fosse entregue com velocidade. Ele, muito seguro de si, sabendo da vantagem que levava sobre os assaltantes, afinal, seu colete estava bem escondido sob a camisa, disparou na direção de um deles para desarmá-lo. Um segundo depois, caiu morto.
Ataque cardíaco fulminante, disseram os legistas quando chegaram na cena do crime.
Genialidade
Eu sou um gênio da literatura, ele dizia. Eu sou um gênio da literatura, ele gritava. Eu sou um gênio da literatura, ele repetia.
Um dia, um passante, já bastante curioso, perguntou: É mesmo? E de qual história?
Alladin, ele respondeu. E saiu voando em seu tapete mágico.
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29 Comentários:
kkkkkkkkkk Adorei! Pequenos contos, nesse estilo, podem ser classificados como anedotas? Desejo aprender sempre mais. obg Um abraço.
Hehe. Pois é, pode ser que possamos classificar como anedota mesmo. Mas eu quis trabalhar alguns conceitos por trás do humor também =D
Legal que gostou!
Adorei, Leo! Sabe que microcontos me fascinam. Eles são críticos e divertidos. O primeiro, além de surpreender e fazer rir, denota claramente a sensação da impotência que persegue o cidadão brasileiro, e não é mesmo só a bala que mata, o estresse que o fator de risco provoca tem sido um grande assassino - em série e silencioso. Já o segundo conto me fez pensar na quantidade de "Alladin" que temos por aí. Quero distância dessa jactância, e do tapete voador também. Hahaha!
Uma versão alternativa para Heroismo é fazê-lo morrer não de ataque cardíaco, mas com um tiro na testa. Assim: "...disparou na direção de um deles para desarmá-lo. Um segundo depois, levou um tiro na testa, caiu morto. Os assaltantes levaram seu colete"
Sim, mas a brincadeira que quis fazer era mais ou menos com isso. Normalmente, pensaria-se, se morreu, é porque tomou um tiro na testa. Só que aí você se depara com o imponderável, hehe. Ataque cardíaco =P
Ah, eu tinha sacado, mas achei também que a solução mais óbvia não ficaria ruim.
Muito bom! Nunca escrevi contos curtos... Ótima ideia! :D
Adorei o ataque cardíaco, perfeito... eheheh
Gostei muito dos mini contos, gostei da maneira como você "fugiu" do óbvio, muito bom mesmo...
Um grande abraço!
Achei adoráveis os seus minicontos. Mas tive uma ideia referente ao primeiro.
Se você dissesse que o protagonista sempre come uma coxinha (é só um exemplo) antes de vestir o colete e sair de casa, criaria um efeito bastante interessante ao mencionar o ataque cardíaco no fim. É como se estivesse inserindo, na apresentação da personagem e do seu mundo, um elemento que prepara o final, embora não o antecipe e não impeça o efeito da surpresa que se pretende.
Seria também uma boa forma de zombar da personagem que, ao se sentir seguro por usar um colete à prova de balas, não enxerga que sua má alimentação também é um risco para sua vida.
Espero que não tenha se importado com a sugestão. Apenas me ocorreu, haha.
Parabéns pelos textos, Leonardo!
Rui
http://pseudoanonimo.blogspot.com
Poderia me dizer quem é o autor desses contos?
Sou eu mesmo, autor do blog.
muito bom
amei os contos
legal
Gostei o do alladin , ele razoavel
São contos literários?
Quem é o autor?
Autor sou eu. Dono do blog.
Hummm! Legal! Adorei!
Gostei haha
Cara, não entendi muito bem o microconto "genialidade". Explica!? Obrigado!
Do jeito que se fala no início parece que é um escritor dizendo ser um gênio da literatura. Mas no final se quebra a expectativa pelo fato de ser um gênio mesmo, o gênio do Alladin, ou seja, um gênio de uma história, da literatura.
Como se fórmula o roteiro do heroismo ?
MUITO LEGAL GOSTEI
me ajudou muito!!!
tb mi ajudoukkkk
kk
Bom!
Muito bom
ADOREI SEU GOSTOSO RSRSRSRSRRSRSRSRSRS
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