
De qualquer maneira, O Nome do Vento e a sua continuação, que em breve chega ao país, já valem a leitura. Para quem gosta do gênero, é um prato para lá de cheio. É até difícil explicar exatamente sobre o que é a história, mas irei tentar.
Em O Nome do Vento, abre-se a obra em uma taverna/pousada chamada "Marco do Percurso", onde vive um homem ruivo e aparentemente pacífico. No entanto, esta não é bem a verdade. Logo, a chegada de um historiador, um cronista, como descrito no livro, revela-nos que Kote (o dono da pousada) é na realidade um homem lendário, de verdadeiro nome Kvothe, sobre o qual muitas e muitas histórias são contadas. A questão é que tudo isso nos é revelado em terceira pessoa, com uma narrativa excelente, de altíssima qualidade, que já de início dá um clima muito legal à obra.
Kote é quem salva o cronista do ataque de algumas criaturas similares a aranhas gigantes (sobre a qual se falará depois no livro) e o recebe na pousada. O homem revela, então, que é um arcano formado na universidade, da qual Kvothe fez parte e foi expulso, e que teria parado ali justamente para convencê-lo a contar a sua história, para que ele a publicasse e a divulgasse. Após alguma resistência, o dono da pousada aceita contar sua história para o cronista, algo que fará em 3 dias (por isso três livros; para contar as aventuras do jovem Kvothe; depois imagino que haverá uma continuação). Então, começa-se a narração em primeira pessoa, que também é excelente - e olha que eu não gosto muito deste tipo de narração.
Como já falei, é complicado resumir exatamente sobre o que é a história, além do fato de ser praticamente uma biografia do personagem principal. Mas o universo criado por Patrick Rothfuss, os povos, a magia sutil, muito ligada à musica e à palavra também, especialmente à palavra e aos nomes, e seu domínio sobre cada detalhe da história - coisas que são faladas bem no início do livro, que passam despercebidas, e se mostram importantes bem mais à frente e etc... - é impressionante. Com certeza, quem gosta deste estilo de história não irá se arrepender; aliás, irá devorar os dois livros e ainda ficará esperando por mais. Portanto, fica aí a dica!
14 Comentários:
Excelente resenha, Leo.
Eu gostei demais do livro. Estou ansioso pela continuação, mal posso esperar.
Não irá se arrepender. O livro dois é bom demais. Até me deixou puto, por ter agora que espera um tempão pelo terceiro, hehehe.
Cara, esse livro é fenomenal! Estou pensando até em reler, pra refrescar a memória e apreciar novamente a obra, enquanto o segundo livro não é publicado por aqui!
Eu aconselho. Eu infelizmente não pude reler o meu, porque tinha emprestado e até agora não me devolveram (isso me dá muito raiva). Confesso que demorei um pouco a ir lembrando das coisas do livro anterior. E certamente alguns detalhes entre um livro e outro, informações e tal, passaram despercebidos.
Hahaha! Também não gosto de emprestar livros. Pode parecer egoísmo, mas me aborrece quando demoram a devolver - e, na maioria das vezes, não me devolvem.
Realmente, Leo, a resenha não revelou muita coisa, só que a sua empolgação pela história e pela narração me deixou curiosa. Faz tempo que estou interessada por esse livro. Eu até vi a super promoção ontem, mas não tive tempo de fechar a compra e quando voltei pra casa passava da meia-noite... Tudo bem, com a chegada do segundo volume o preço vai cair bastante, aliás, já está mais acessível.
Eu gosto de emprestar os livros, ainda mais quando a pessoa curte a indicação. O problema é quando não devolvem, aí eu não curto muito.
Sinceramente, esse livro é muito ruim. O autor dá informações contraditórias sobre a protagonista, criam-se expectativas que frustram o leitor, nomes são jogados a esmo para nunca mais serem usados... Fantástico é o fato de ter gente que gosta, mas aí opinião é coisa pessoal. Terminei o livro com a sensação de que fui enganado por um Paulo Coelho travestido de Tolkien.
Nossa... primeira pessoa que vi não gostar do livro. Todo mundo que lê acha bom demais. Mas é opinião, tudo bem.
De qualquer modo, há coisas que não se pode negar. A escrita do autor é mais do que excelente, tecnicamente falando. Essas informações contraditórias do autor são parte do livro, porque o Kvothe é uma lenda, então ele mostra como muito do que se diz não tem a ver com o personagem real - e como muito do que se diz se contradiz. E nada do que o autor coloca no livro não reaparece depois, essa é até uma das coisas mais fantásticas que achei. Mesmo a coisa mais banal, se você ler o livro até o final - e até mesmo nas sequências - você verá que havia uma conexão. Achei essa característica impressionante, até pelo tamanho dos livros e das histórias. Mostra um cuidado enorme. Até por isso, ele demora anos para fazer cada um.
Nossa, ganhei esse livro de Natal de um amigo, li e adorei. Realmente um dos melhores que eu já li. Decidi ler um pouco antes de dormir e acabei virando a noite o lendo, nem vi o tempo passar. Recomendo para todos. Irei comprar o segundo livro hoje ainda, mal posso esperar.
Off: Leo, vc participa do fórum Escreva o seu Livro? Eu participei dele por um tempo e o seu nome não me é estranho...
Participo sim, cara =)
E aqui no blog já tem a resenha do segundo livro também!
http://www.napontadoslapis.com.br/2011/12/resenha-o-temor-do-sabio.html
Comecei a ler ontem, então não li muita coisa, mas uma coisa que já posso dizer é que a escrita é enfadonha... muito "rebuscado", "pomposo". Mas isso é gosto pessoal. Eu prefiro uma linguagem mais dinâmica, que faz o texto fluir, o que eu não tenho sentido em O Nome do Vento.
Mas meu namorado ficou APAIXONADO pela linguagem, tanto que foi ele quem me deu o livro de presente.
Linguagem rebuscada ? Que isso, pra mim isso é uma linguagem normal... Acho que é questão de costume, afinal!
Cleos, desculpe a demora em publicar o comentário, ele me escapou a vista. Pois é, eu também não acho assim rebuscada a linguagem, mas comparado com a maioria dos livros do gênero, é. Então temos que aceitar a "classificação", talvez. Mas é longe de ser um livro "rebuscado" na minha visão.
Para mim é só muito, mas muito bem escrito. Qualidade total mesmo. Por isso que indico o livro para todos que conheço.
eu vivo em portugal , e ja li o nome do vento o medo do homem sabio, um e dois e e obvio estou a espera da publicaçao do 4ºpois a historia nao acaba aqui,gostei imenso do tema acho muito bem conseguido, e diferente de tudo o que ja li ate agora, dentro do genero tbem e o meu preferido, sou um leitor compulsivo e leio todo o tipo de livros, e nao concordo com uma afirmaçao proferida aqui de ser um paulo coelho disfarçado de tolkien, de qualquer forma nem todos podemos gostar do mesmo, se nao o resto nao tinha saida, e ainda bem que assim e.qualquer dos livros nao fica relegado para segundo plano, perante literatura do genero, antes pelo contrario, posto isto desejo a todos um optimo dia, ate sempre joaojramalho@gmail.com joao ramalho
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