Eu gosto muito de ler poemas em voz alta, sempre gostei. Tem algum tempo, aqui no blog, comecei a colocar alguns de meus versos declamados, assim como os de outros poetas. Depois, acabei deixando de fazer este tipo de postagem - um pouco por preguiça, um pouco por não querer pagar mico no blog, hahaha. Mas decidi voltar com a idéia. Talvez pegue alguns de meus poemas favoritos e grave também. No entanto, começo por um dos meus favoritos (para leitura em voz alta), que é também um dos primeiros que eu decorei: "Vandalismo", de Augusto do Anjos. É um soneto muito legal - e que soa, na minha opinião melhor ainda. Espero que gostem, tanto do poema quanto da "interpretação".
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos ...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
Vandalismo - Augusto dos Anjos (Poema Declamado)

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1 Comentários:
O poema é bem mais dinâmico quando declamado. Achei muito legal a ideia, Leonardo.
Bacana conferir o seu sotaque!
Um abraço.
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