Este poema é de um amigo. Ele me mostrou, eu achei muito bom e pedi para postar por aqui. Espero que vocês gostem também e deixem o seu recado. Eu achei o poema muito bom. Gostei especialmente da primeira estrofe, algo que me lembrou um estilo levemente simbolista. Na realidade, pareceu-me um estilo que leva um toque de Cecília Meireles, mas em versão masculina. E vocês, o que acham?
Sobre a estrutura
Em nossas armaduras,
tão cheias de buracos,
vazamos a tintura,
desses sonhos opacos.
Começamos em forma.
Quimeras em perfeição.
Tudo então deforma
lágrimas, lama, chão!
Nossa estrutura cai.
Não se sustenta,
a rima tenta,
mas rui em emoção.
O poema, o poeta,
a métrica, a razão,
tudo frágil, desaba:
lama, lágrimas....
Solidão.

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5 Comentários:
Essa idéia de tintura e ilusão e tambem a fragilidade da identidade do ser humano é um tema abordado pela Cecília Meireles,como é fácil quebrar as barreiras e armaduras que fazemos envolta de nós mesmos pra nos "proteger",acho que o poema trata bem isso.
realmente é bem legal, mas me parece mais neoconcreto, pq a forma da poesia é alterada pelo que ela diz, pq na primeira estrofe e na segundo tudo rimava perfeitamente, mss na terceira, quando a 'estrutura cai', as rimas ficam meio que perdidas e são colocadas como que soltas e sem uma ordem própria e nem tudo rima, como 'cai', 'desaba' e 'poeta'. Bem legal! abraço!
Mas isso não é necessariamente neoconcreto. Tem, na verdade, certa relação de metalinguagem. Só por ser metalinguístico não quer dizer que seja neoconcreto =D
Tive a mesma impressão. Lembrou-me Cecília.
A quebra da idéia de proteção que a armadura retrata é muito bem percebida.
Esqueci de assinar o comentário anterior.
Abraço,
Adriano Vinagre
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