Depois de algum tempo sem colocar nada meu por aqui, segue este poema, já que estamos tratando de uma Semana de Poesia. Gostei do resultado, acho que combina bem com o meu estilo; talvez o pessoal que acompanha o blog com mais frequência possa saber disso até melhor do que eu. Tenho reduzido o número de poemas meus postados por aqui por começar a pensar em juntá-los em um livro, para depois tentar publicar. Então não é bom que eu entregue o conteúdo todo antes de uma possível (embora distante) publicação. Enfim, espero que gostem desse!
Passado
O passado é o pior dos sentimentos,
é a sensação da passagem do tempo,
que sempre passa,
inevitavelmente,
e se acaba.
O passado é uma entidade amarga,
um eterno desconstrutor de momentos.
O passado é a não-existência
que persiste,
a não-existência que existe
na memória
e na experiência.
O passado é a presença da ausência,
palpável,
de matéria humana,
sensível ao toque
e sujeita,
eternamente,
à subjetividade objetiva dos recortes.

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9 Comentários:
Muito legal, leo! Gostei do tema, mas discordo um pouco do primeiro verso. rsrs :) Publica logo esse livro de poemas. Bjão
"O passado é a presença da ausência"...
Antítese mais que perfeita
e tão real!
Ameeeei!
Quero ver o livro logo.
Um beijo
Eu quero montar um, mas primeiro preciso de um tempo para organizá-las, depois vem o processo de arrumar editora e tal, ainda mais pra poesia, que pode demorar um pouco, hehe. Mas pretendo publicar sim =P
Gostei muito do Poema. A não existência que resiste!
A poesia deve sempre resistir.
Passado sempre me botou uma sensação de impotência, mas tenho lidado melhor com ele ultimamente... Muito bom o poema, parabéns!
Muito bom, Leo!
"e sujeita,
eternamente,
à subjetividade objetiva dos recortes."
Esses recortes que muitas vezes nos maltratam, tanto pelas más como pelas boas lembranças; umas porque são dolorosas, outras porque não podem retornar...
Estou na fila pra comprar esse seu livro de poesias!
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"O passado é a presença da ausência"...
O comentário da Márcia Luz já diz tudo: "Antítese mais que perfeita".
Muito bom este poema, consegue dar forma e materializar com mestria algo totalmente intangível que é o 'conceito do passado'. Na real, essa é a marca que eu vejo no seu trabalho, objetivar o subjetivo. Basta ler o seu poema "Distância", que como foi comentado àquela ocasião, na minha opinião, pelo menos esta é tradução que se faz em mim ao lê-lo e tentar compreendê-lo, se trata da impermanência tão abordada nas filosofias orientais. Aliás, este poema aqui, o "Passado", também é bem oriental.
Abraços, meu irmão...Ah e graças a este espaço, descobri as letras e palavras das poesias da Márcia Luz, que sem dúvida, é muito digna de ser apreciada, afinal a linha que ela imprime também se trata da construção de belos textos.
Excelente poema. Parabéns, Leo
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